Em uma sessão marcada por cautela com decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, o Ibovespa fechou em baixa de 0,09%, aos 133.397,52 pontos. Por aqui, a maioria das apostas gira em torno de uma elevação de 0,50 ponto percentual da Selic, o que levaria a taxa básica de juros para o patamar de 14,75%. O que o mercado irá se atentar mesmo será em relação à sinalização de final ou não do ciclo de alta de juros no Brasil. A Bolsa brasileira foi afetada por sinais mistos de alguns de seus principais nomes, com valorização de Petrobras PN (+0,46%), Itaú PN (+1,10%) e Banco do Brasil ON (+1,42%) e queda de Vale ON (-0,19%) e Bradesco PN (-1,51%).
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, após o Federal Reserve manter a taxa de juros dos Estados Unidos inalterada na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, em linha com a expectativa do mercado. Contudo, o comunicado do Fed trouxe um tom mais preocupado com as tarifas, citando riscos de desemprego mais alto e inflação mais elevada. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, o presidente do Fed, Jerome Powell, adotou a mesma postura que boa parte do mercado: a de parar e esperar o desenrolar das negociações em curso entre Estados Unidos e os outros países, para, aí sim, começar a agir. Cautela e paciência, portanto, parecem ser as palavras de ordem do banco central americano.
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou alta de 0,61%, cotado a R$ 5,7454, em linha com o movimento de valorização da moeda americana em âmbito global, especialmente após Powell adotar um tom cauteloso em torno da condução da política monetária nos Estados Unidos, sem nenhuma sinalização sobre futuros cortes de juros.

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