Otimismo e apetite a risco. Foi assim que o mercado local operou um dia após o Copom, que elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 14,75%, em linha com as expectativas, porém, de acordo com uma parcela do mercado, entre eles a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, de que o ciclo de alta de juros no Brasil chegou ao fim. Assim, o Ibovespa registrou forte valorização de 2,12% na sessão desta quinta-feira, aos 136.231,90 pontos. O setor bancário impulsionou a Bolsa brasileira, especialmente a disparada de 15,64% das ações de Bradesco PN, após a empresa reportar lucro líquido recorrente de R$ 5,864 bilhões no primeiro trimestre de 2025, número 39,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um acordo comercial com o Reino Unido, com uma tarifa de 10%. Somado a isso, o republicano declarou que “muitos outros acordos estão por vir” e que espera que os negociadores americanos tenham um “bom fim de semana” com a China. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, devem se reunir com autoridades de Pequim no próximo sábado em Genebra, na Suíça.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve forte queda de 1,46%, cotado a R$ 5,6613, com o real e outras divisas da América Latina ganhando terreno na comparação com a moeda americana, especialmente após o acordo comercial entre EUA e Reino Unido, abrindo espaço para investidores tomarem mais risco. Somado a isso, a leitura de um possível fim de ciclo de alta de juros no Brasil também deu impulso adicional ao real.

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