O Federal Reserve manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, como esperado, mas elevou as projeções de inflação e reduziu as de crescimento econômico. O gráfico de pontos mostrou divisão entre os dirigentes: a maioria ainda prevê cortes de juros em 2025, mas com grande incerteza sobre o ritmo e o volume. O presidente Jerome Powell afirmou que o mercado de trabalho segue forte e que a política monetária permanece bem posicionada, mas destacou os riscos inflacionários decorrentes das tarifas comerciais, o que pode adiar cortes de juros.
Nos mercados internacionais, a reação foi moderada. As bolsas de Nova York oscilaram próximo da estabilidade (Dow Jones -0,10%, S&P 500 -0,03%, Nasdaq +0,13%), os juros dos Treasuries recuaram e o dólar oscilou levemente, com o índice DXY fechando em alta de 0,09%. O petróleo subiu após queda dos estoques americanos e tensão persistente no Oriente Médio.
No Brasil, o foco se deslocou para a decisão do Copom. As apostas no mercado estavam divididas: 27 casas esperavam manutenção da Selic em 14,75% e 21 projetavam alta de 0,25 ponto. Os juros futuros oscilaram perto da estabilidade. O dólar fechou a R$ 5,5009 (+0,07%), refletindo cautela antes da decisão doméstica. O Ibovespa recuou 0,09%, aos 138.716,64 pontos, com giro de R$ 32,9 bilhões, influenciado pelo vencimento de opções. Entre os destaques, Embraer (+3,99%) e Minerva (+2,93%) subiram, enquanto Raízen (-4,32%) e Vamos (-3,20%) caíram.
No pano de fundo geopolítico, Donald Trump elevou o tom contra o Irã, mas ainda sem definição de ação militar. O Irã, por sua vez, negou negociações em Omã. As incertezas comerciais e geopolíticas seguem limitando movimentos mais fortes dos mercados.
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