Tensão Geopolítica e Agenda Econômica nos EUA e Europa
Os mercados globais seguem atentos aos desdobramentos da guerra entre Israel e Irã após os EUA atacarem instalações nucleares iranianas. Há risco de retaliação do Irã, com possibilidade de fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial, embora analistas considerem essa chance ainda baixa. Rússia e China condenaram a ação americana na ONU, enquanto líderes mundiais pedem soluções diplomáticas.
O petróleo apresenta volatilidade, com Brent ao redor de US$ 80. Fundos de hedge aumentaram posições compradas em petróleo Brent ao maior nível em oito meses.
Nos EUA, a agenda econômica é intensa: Jerome Powell fará apresentações no Congresso; saem dados de PMI, PIB do 1º trimestre, PCE de maio e sentimento do consumidor da Universidade de Michigan. Na Europa, PMIs mistos: avanço no Reino Unido, estabilidade na zona do euro e melhora na Alemanha. Christine Lagarde (BCE) discursa no Parlamento Europeu. No Japão, o BoJ sinaliza possíveis novas altas de juros conforme o cenário econômico.
Os índices futuros de NY sobem levemente; bolsas europeias caem em sua maioria, com exceção de Londres. O dólar avança frente a outras moedas fortes e os Treasuries sobem.
Ata do Copom no foco; petróleo pressiona cenário inflacionário
No Brasil, o mercado monitora a ata do Copom que será divulgada amanhã, após manutenção da Selic em 15% e discurso mais duro sobre o tempo de juros elevados. A alta do petróleo pode pressionar a Petrobras, com possível impacto sobre inflação e política de preços. Pressão inflacionária complica cenário para novos cortes de juros. No câmbio, dólar forte globalmente pode gerar pressão adicional. No fiscal, avança a discussão sobre derrubada do decreto do IOF; governo avalia corte linear de 10% nos benefícios fiscais com potencial de arrecadação de R$ 20 bilhões por ano.
Captações e recomendações movimentam o noticiário corporativo
Gerdau recebe R$ 566 mi do BNDES para novos projetos. Minerva levanta R$ 2 bi em aumento de capital com emissão de ações e bônus (BEEF11). Citi revisa JSL para cima e aponta riscos para Assaí com juros elevados. Tenda conclui operação de CRI e capta R$ 159 mi. Petlove recorre ao Cade contra fusão Petz/Cobasi.
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