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Fechamento B.Side: Mercado reage a tensões fiscais e cenário internacional misto

O dólar perdeu força frente a moedas fortes com o aumento das apostas de desaceleração econômica nos EUA e possível corte de juros pelo Fed, mas subiu no Brasil, encerrando a sessão em R$ 5,5551 (+0,66%). O movimento local foi influenciado por ruídos fiscais, com destaque para a votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que pode derrubar o aumento do IOF. A possível derrota do governo gera receio de menor espaço fiscal e maior tensão entre Executivo e Legislativo. A Fitch manteve o rating do Brasil em BB com perspectiva estável, mas destacou a ausência de consolidação fiscal como principal entrave para uma melhora da nota.

Nos mercados internacionais, as bolsas em Wall Street fecharam mistas, refletindo a trégua ainda frágil entre Irã e Israel e a postura cautelosa do Fed. Jerome Powell reiterou que será necessário aguardar novos dados antes de qualquer movimento nos juros, enquanto Trump fez críticas ao Fed e à Otan. O petróleo subiu após dois dias de queda, apoiado por queda nos estoques dos EUA e especulação sobre revisão de cotas da Opep+. O dólar global (DXY) caiu, com euro e libra atingindo máximas desde 2021 e 2022, respectivamente.

No Brasil, o Ibovespa caiu 1,02%, pressionado pelo cenário fiscal e por incertezas sobre a pauta econômica no Congresso, incluindo propostas de isenção de IR e uso de recursos do Fundo Social. Petrobras emitiu R$ 3 bilhões em debêntures incentivadas, mas suas ações recuaram. Os juros futuros fecharam com leve alta nos vértices mais longos, refletindo a cautela com a trajetória fiscal. A expectativa agora se volta para o IPCA-15 de junho e os dados do mercado de trabalho, que devem indicar continuidade na resiliência da atividade.

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