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Fechamento B.Side: Apetite ao risco impulsiona bolsas, alivia juros e derruba dólar

Fechamento B.Side: Apetite ao risco impulsiona bolsas, alivia juros e derruba dólar

O mercado global ganhou tração nesta quinta-feira (26), embalado pelo aumento do apetite ao risco. Em Nova York, os índices S&P 500 e Nasdaq se aproximaram de suas máximas históricas, com investidores reagindo a dados econômicos dos EUA e especulações sobre a possível antecipação da troca de comando no Federal Reserve por Donald Trump, favorecendo cortes de juros. O movimento pressionou os rendimentos dos Treasuries e enfraqueceu o dólar globalmente, em meio à expectativa de uma política monetária mais branda. O petróleo também subiu, e moedas como o real se valorizaram com força.

No Brasil, o alívio veio pela combinação entre o IPCA-15 de junho abaixo do esperado e a sinalização firme do Banco Central de que manterá a Selic elevada por um “período prolongado”. A inflação de 0,26% na prévia mensal, com composição mais benigna, provocou queda nas taxas futuras de juros, especialmente nos vencimentos intermediários. Essa melhora no cenário inflacionário, aliada à expectativa de menor pressão fiscal após a derrubada do decreto que aumentava o IOF, ajudou a reduzir prêmios na curva de juros, beneficiando setores como consumo e construção civil.

O Ibovespa fechou em alta de 0,99%, aos 137.113 pontos, puxado por ações cíclicas, bancos e commodities, com destaque para Vale (+3,01%) e Natura (+4,97%). Já o dólar à vista recuou 1,02%, a R$ 5,4986, menor patamar desde o dia 17, refletindo o enfraquecimento da moeda americana no exterior e a visão positiva sobre o Brasil. Analistas também apontam que a recente derrota do governo no Congresso pode sinalizar um reposicionamento político rumo à eleição de 2026, o que, na visão de parte do mercado, aumenta as chances de uma agenda fiscal mais austera no futuro.

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