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Morning Call B.Side: Mercados reagem à derrubada do IOF no Brasil e à tensão política no Fed nos EUA

Dólar em baixa e bolsas em alta com tensão no Fed e cessar-fogo
Os mercados internacionais operam em tom positivo nesta quinta-feira (26), impulsionados pela continuidade do cessar-fogo entre Israel e Irã e pela queda do dólar, reflexo de rumores de que Donald Trump pode antecipar a nomeação do novo presidente do Federal Reserve para enfraquecer Jerome Powell. A libra atingiu máxima em três anos e meio, enquanto o euro também se valorizou. Os rendimentos dos Treasuries recuam pelo quarto dia seguido. Em NY, os índices futuros sobem com expectativa sobre o PIB do 1º trimestre dos EUA e discursos de membros do Fed. Na Europa, as bolsas avançam com o apoio do aumento dos gastos militares acordado pela Otan. Já na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em queda, com temores sobre a independência do Fed após pressões políticas.

Brasil – Reação à derrota do IOF e à agenda cheia de indicadores
No cenário doméstico, os ativos operam sob influência da derrota do governo Lula no Congresso, que derrubou o decreto de aumento do IOF. A medida evidencia fragilidade na articulação política, mesmo com a liberação de R$ 1,7 bilhão em emendas. O IPCA-15 de junho e o Relatório de Política Monetária (RPM) do BC também estão no foco. Espera-se que a inflação mostre desaceleração nos núcleos e na taxa acumulada em 12 meses. O BC deve atualizar sua visão sobre o hiato do produto, que segue positivo mas em trajetória de queda. No câmbio, o dólar fraco no exterior e a queda dos Treasuries ajudam a aliviar a curva de juros, embora incertezas políticas mantenham pressão nas taxas longas. A pauta legislativa inclui temas sensíveis como o IR até R$ 5 mil e a compensação de perdas arrecadatórias.

Empresas e Mercado – JBS em foco e novas captações de crédito
A JBS (JBSS32) recebeu nova recomendação de compra do Citi, que reiterou o preço-alvo em R$ 111, apontando potencial de valorização de 46%. A instituição destacou o foco da companhia em transparência contábil (USGAAP), pagamento de dividendos robustos e possível entrada em índices internacionais como o S&P 500. A queda recente das ações nos EUA, impactada pela Pilgrim’s e pela gripe aviária, reforça a sensibilidade setorial. Entre outras movimentações corporativas, a Pague Menos anunciou emissão de R$ 350 milhões em debêntures e a Log-In Logística Intermodal fará nova emissão no valor de R$ 280 milhões. No Congresso, avanços legislativos incluem a aprovação da isenção de IR para rendas de até dois salários mínimos, MP do consignado privado e autorização para leilão de excedentes do pré-sal, com potencial arrecadatório de R$ 20 bilhões.

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