B.Side Insights

Daily report

Fechamento B.Side: Dólar recua e Bolsa sobe com sinais de alívio econômico e juros

Fechamento B.Side: Dólar recua e Bolsa sobe com sinais de alívio econômico e juros

Os mercados financeiros encerraram junho com forte movimento de valorização de ativos domésticos e desvalorização do dólar. A moeda americana caiu 0,89% nesta segunda-feira, 30, fechando a R$ 5,4341, menor cotação desde setembro de 2024. No mês, o dólar acumulou perda de 4,99%, e no semestre, queda de 12,07%, após ter subido mais de 27% no ano passado. O recuo refletiu a combinação de fatores locais e externos: no Brasil, a criação de 148,9 mil vagas formais em maio, abaixo das estimativas, foi vista como sinal de perda de fôlego do mercado de trabalho e possível estímulo ao processo desinflacionário. No exterior, o avanço das negociações comerciais dos Estados Unidos com parceiros como Canadá e União Europeia e a queda dos juros dos Treasuries reforçaram apostas de que o Federal Reserve poderá cortar juros ainda em 2025.

O Ibovespa acompanhou o ambiente mais favorável e subiu 1,45%, aos 138.854,60 pontos, no maior patamar de fechamento desde 16 de junho. Na máxima intradiária, chegou a ultrapassar novamente os 139 mil pontos. No mês, o índice acumulou alta de 1,33%, encerrando o melhor primeiro semestre desde 2016, com valorização de 15,44%. O desempenho foi sustentado pelo fluxo estrangeiro e pela recuperação das ações de bancos e Petrobras, que se sobrepuseram à queda de Vale. Entre as maiores altas do dia estiveram MRV (+7,60%) e Magazine Luiza (+5,91%). Já Petz (-1,51%) e CSN (-0,80%) figuraram entre as principais quedas.

Na curva de juros futuros, os contratos registraram forte alívio, principalmente nos vértices mais longos, que chegaram a cair cerca de 30 pontos-base nas mínimas. A taxa do DI para janeiro de 2029 recuou de 13,316% para 13,055%. O mercado precificou marginalmente a possibilidade de início do ciclo de cortes da Selic já no final deste ano, em meio à expectativa de desaceleração da atividade e revisão para baixo das projeções de inflação. Nos Estados Unidos, os índices S&P 500 e Nasdaq voltaram a renovar máximas históricas, sustentados pelo enfraquecimento global do dólar, que levou o índice DXY ao menor nível desde março de 2022, e pelo recuo das taxas dos Treasuries em meio a incertezas sobre o impacto fiscal do projeto de lei orçamentária do governo Trump.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigo anterior Fechamento B.Side: Trump interrompe negociações com Canadá e eleva cautela nos mercados
Próxima artigo Morning Call B.Side: Mercados Globais e Brasileiros Iniciam o Semestre com Cautela Entre Dados Econômicos, Política Fiscal e Reestruturações Corporativas