Em mais uma sessão negativa para os ativos locais, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,04% nesta segunda-feira, aos 132.129,26 pontos, pressionado por uma queda quase generalizada de seus principais nomes, com desempenho negativo para Vale ON (-0,97%), Itaú PN (-2,10%), Bradesco PN (-0,77%) e Banco do Brasil ON (-1,48%). A exceção ficou por conta de Petrobras PN, que subiu 0,13%. O mercado adota cautela diante dos sinais de falta de negociação entre o Brasil e Estados Unidos à medida que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, programada para iniciar a partir de 1º de agosto, se aproxima.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas encerraram o pregão próximos da estabilidade, com o mercado ignorando o acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia para reduzir tarifas de 30% para 15% sobre os produtos importados europeus. A semana conta com uma agenda relevante em termos de indicadores econômicos americanos, com dados de inflação, PIB e, principalmente, a decisão de política monetária do Federal Reserve, com ampla expectativa por manutenção dos juros na faixa entre 4,25% e 4,50%. Somado a isso, quatro gigantes de tecnologia (Meta, Microsoft, Apple e Amazon) divulgam balanços do segundo trimestre nos próximos dias.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,50%, cotado a R$ 5,5899, em linha com o movimento de fortalecimento global da moeda americana, após o acordo firmado entre Estados Unidos e União Europeia. Operadores apontam para o alto diferencial de juros entre Brasil e EUA como um dos fatores para o real não ser tão penalizado. Vale destacar que tal diferencial deverá se manter já que as expectativas apontam para que tanto o Banco Central quanto o Federal Reserve mantenham suas taxas de juros inalteradas, em decisões que serão divulgadas nesta semana.
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