Diante de uma percepção de que os Estados Unidos “amenizaram” as tarifas impostas ao Brasil ao isentar diversos produtos, entre eles derivados de celulose e petróleo, polpa e suco de laranja, algumas aeronaves civis e peças, alguns fertilizantes, produtos energéticos, minério de ferro, ferro-gusa e metais preciosos, os ativos domésticos tiveram uma sessão positiva, apesar das tensões políticas entre os dois países aumentares, após os americanos aplicarem a Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Sendo assim, o Ibovespa registrou avanço de 0,95% nesta quarta-feira, aos 133.989,74 pontos. As ações de Embraer ON dispararam 10,93%, reagindo positivamente à notícia de isenção. Pelo lado negativo, os papéis de Vale ON recuaram 1,79%.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas encerraram o pregão próximas da estabilidade, com os índices Dow Jones e S&P 500 no vermelho e o Nasdaq no azul, reagindo à decisão do Federal Reserve manter pela quinta reunião consecutiva a taxa de juros dos Estados Unidos inalterada entre 4,25% e 4,50%, pelo placar de 9 a 2. No entanto, o que chamou a atenção do mercado foi a sinalização do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o banco central americano não está pronto para cortar juros. Entre os indicadores econômicos, o PIB dos Estados Unidos referente ao segundo trimestre de 2025 registrou crescimento de 3%, acima das projeções de avanço de 2,4%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,5892, em linha com o movimento global de valorização da moeda americana ante outras divisas, mas com o real apresentando um melhor desempenho na comparação com seus pares. Por aqui, foi bem recebida a notícia de que, apesar de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter assinado o decreto que implementa a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, a aplicação da medida só ocorrerá daqui a sete dias, prazo maior do que o estabelecido anteriormente, de 1º de agosto, o que abre espaço para negociações entre os países.
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