Em um pregão marcado por problemas técnicos que atrasaram o início das negociações na B3, com normalização pouco antes de 13h30, o Ibovespa fechou no vermelho, em queda de 0,48% nesta sexta-feira, aos 132.437,39 pontos. O destaque da Bolsa brasileira ficou por conta do avanço de 0,54% das ações de Vale ON, que registrou lucro líquido de US$ 2,117 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta de 6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Pelo lado negativo, os papéis de Banco do Brasil ON tombaram 6,85%, após rumores de que o governo Trump estaria avaliando aplicar punições a bancos em caso de descumprimento sobre as sanções impostas ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Somado a isso, a divulgação do balanço do banco, programada para 14 de agosto, se aproxima, com temores de que o setor agro continue pressionando os resultados.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, reagindo negativamente ao resultado do payroll, o relatório de empregos dos Estados Unidos, que registrou a criação de 73 mil postos de trabalho em junho, bem abaixo da estimativa de 101 mil. Somado a isso, os números de maio e de junho sofreram fortes revisões, com retirada de 258 mil empregos da conta. Cotado para assumir o Federal Reserve a partir de maio de 2026 após a saída do atual presidente Jerome Powell, o dirigente Christopher Waller declarou nesta sexta-feira que não vê razão para manter a taxa de juros dos EUA no nível atual, adicionando que “esperar demais pode atrasar indevidamente uma resposta apropriada”. Pesou também a nova rodada de tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente americano Donald Trump. O setor mais afetado dos mercados acionários foi o bancário, com recuo de JPMorgan (-2,32%), Bank of America (-3,41%) e Wells Fargo (-3,52%).
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou desvalorização de 0,99%, cotado a R$ 5,5456, impactado por números fracos reportados pelo payroll de julho, aumentando as apostas do mercado de que os juros americanos devem ser mais baixos no curto prazo, o que gerou um movimento de queda dos Treasuries, os títulos públicos americanos.
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