
Em um pregão de estresse para os ativos locais, o Ibovespa registrou desvalorização de 2,10% nesta terça-feira, aos 134.432,26 pontos. A Bolsa brasileira foi pressionada por uma queda praticamente generalizada de seus principais nomes, contudo o maior detrator foi a performance do setor bancário. As ações de Banco do Brasil ON tombaram 6,03%, seguidas por recuos de Itaú PN (-3,05%), Bradesco PN (-3,43%), BTG Pactual units (-3,48%) e Santander units (-4,88%). O movimento negativo foi justificado pelo temor envolvendo a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, que determina que leis e ordens judiciais estrangeiras não valem no Brasil de forma automática. A notícia elevou preocupações sobre as instituições financeiras
Em Wall Street, as bolsas americanas, com exceção do Dow Jones que se manteve praticamente estável, recuaram, com maiores perdas para o índice Nasdaq e, consequentemente, para o setor de tecnologia. Diante de um noticiário esvaziado, tanto em termos políticos quanto econômicos, os mercados acionários de Nova York passaram por um movimento de correção, à espera do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole. Assim, Nvidia perdeu 3,50%, Tesla cedeu 1,74%, Meta caiu 2,06% e Netflix se desvalorizou 2,49%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou alta de 1,22%, cotado a R$ 5,5009, com o real também sendo impactado pela decisão de Flávio Dino. O clima de insegurança jurídica gerou um fluxo de saída de recursos do País. Este foi o maior valor de fechamento desde o último dia 5 de agosto. Somado ao cenário doméstico, divisas emergentes e de países exportadores de commodities também perderam terreno na comparação com a moeda americana, mas de maneira mais tímida do que o real.

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