Mais uma vez na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,08% na sessão desta quinta-feira, aos 143.949,64 pontos. Assim como na véspera, as ações de Petrobras PN (-0,96%) e do setor bancário, com recuos de Bradesco PN (-1,63%), BTG Pactual units (-1,21%), Itaú PN (-1,10%) e Banco do Brasil ON (-0,78%), pressionaram a Bolsa brasileira para baixo. Contudo, o avanço de 0,67% dos papéis de Vale ON impediram uma perda ainda maior. Os ativos locais foram penalizados no pregão por conta de um aumento das preocupações com o cenário fiscal do País, após notícias sobre a possibilidade de o governo Lula estudar medidas para reduzir ou até zerar a tarifa de ônibus no Brasil.
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq renovando recordes históricos de fechamento, com o mercado tentando ignorar as preocupações relacionadas à paralisação do governo americano pelo segundo dia seguido. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o PIB americano pode ser afetado pelo atual “shutdown” do governo. Já o presidente Donald Trump declarou que os democratas lhe deram uma “oportunidade sem precedentes para cortar agências federais. Neste momento, a maior dúvida para os investidores é quanto tempo durará este impasse.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,20%, cotado a R$ 5,3395, após atingir máxima de R$ 5,3727 no período da manhã. A moeda americana se valorizou em âmbito global contra outras divisas. Lá fora, a paralisação do governo americano trouxe um sentimento de cautela, que foi somado internamente a renovadas preocupações fiscais, com agentes calculando potenciais impactos da aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de isenção de IR para quem recebe até R$ 5 mil e dos estudos sobre gratuidade nos transportes públicos.
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