
O Ibovespa registrou queda de 0,41% na sessão desta segunda-feira, aos 143.608,08 pontos, pressionado pela desvalorização de Petrobras PN (-0,90%) e pelo setor bancário, com recuos de Bradesco PN (-0,58%), Itaú PN (-1,15%), Banco do Brasil ON (-0,79%) e BTG Pactual units (-0,36%). A Bolsa brasileira só não teve desempenho pior, porque os papéis de Vale ON subiram 1,71%, . Após iniciar o pregão com fortes perdas, em um movimento de realização de lucros após ter atingido a máxima histórica, o principal índice da B3 teve o movimento negativo atenuado pela telefone entre os presidentes Lula e Donald Trump. Lula solicitou que os EUA voltem atrás com o tarifaço e com as sanções impostas a autoridades brasileiras. Já Trump sinalizou que ambos devem se encontrar em um “futuro não tão distante”.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones no vermelho e S&P 500 e Nasdaq no azul, com estes dois últimos renovando recorde histórico de fechamento. Parte do mercado foi impulsionado pelo otimismo decorrente de fusões e aquisições (M&A) após o anúncio de dois grandes negócios. As ações de AMD dispararam 23,71%, após a empresa fechar um acordo com o líder de IA Sam Altman, que pode dar uma participação de 10% do ChatGPT à fabricante de de chips. Além disso, os papéis de Comerica avançaram 13,68%, depois de o Fifth Third Bancorp comprar o banco regional por US$ 10,9 bilhões, formando o nono maior banco dos EUA com aproximadamente US$ 288 bilhões em ativos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,49%, cotado a R$ 5,3107, em linha com o movimento de fortalecimento das divisas emergentes latino-americanas, entre elas o real, contra a moeda americana. Somado a isso, a aproximação entre Lula e Trump também foi bem recebida. Mais cedo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, voltou a adotar um tom duro em sua fala ao dizer que a busca pela meta de inflação de 3% é um comando legal que a autoridade monetária não pode se desviar.

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