Cenário Internacional: Petróleo em disparada e mercados globais divididos
O ambiente externo é marcado pela forte alta do petróleo, que sobe mais de 5% após os Estados Unidos aplicarem sanções contra as petrolíferas russas Rosneft e Lukoil, elevando temores sobre oferta. Ao mesmo tempo, a expectativa de reunião entre EUA e China, envolvendo o vice-premiê chinês He Lifeng e o secretário do Tesouro dos EUA durante a cúpula da Asean, traz algum alívio sobre a guerra comercial. Bolsas de Nova York e Europa operam sem direção definida, refletindo balanços mistos, como quedas significativas de Tesla e IBM após resultados fracos. Os juros dos Treasuries voltam a subir após três quedas consecutivas, enquanto investidores seguem atentos às negociações para encerrar o shutdown do governo americano, que já dura 23 dias.
Brasil em Foco: Otimismo com commodities, mas alerta fiscal e político no radar
No cenário doméstico, o Ibovespa futuro tende a abrir em alta, impulsionado pela valorização do petróleo e nova alta do minério de ferro, além da melhora das expectativas inflacionárias. O movimento favorece a apreciação do real e queda dos juros futuros, embora preocupações fiscais e a alta nos retornos dos Treasuries limitem ganhos. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou em evento internacional que a inflação brasileira segue acima da meta, justificando juros elevados por mais tempo. Já o presidente Lula confirmou que buscará um quarto mandato em 2026, defendeu comércio em moeda nacional e criticou o protecionismo internacional. Dados de arrecadação federal e reuniões do Banco Central com economistas também movimentam a agenda local.
Empresas e Setor Corporativo: Impactos de commodities e revisões setoriais
No ambiente corporativo global, os mercados reagem a balanços relevantes, como os aguardados de American Airlines, Intel e Ford. As quedas recentes de Tesla e IBM influenciam o humor dos investidores. No Brasil, as discussões sobre perspectivas do preço do petróleo geram cautela em torno das ações da Petrobras, com alguns bancos projetando exposição à volatilidade em 2026 apesar de proteções de curto prazo. O avanço do minério também beneficia empresas ligadas à siderurgia e mineração, enquanto novos horizontes externos e acordos internacionais, como os firmados entre Brasil e Indonésia, podem abrir espaço para oportunidades em setores de energia, agricultura e tecnologia.
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