Expectativas por acordo comercial e decisões de política monetária
Os mercados globais iniciam a semana com foco no encontro entre Donald Trump e Xi Jinping durante a cúpula da Apec, onde há expectativa por um acordo comercial. Segundo declarações de Trump, há confiança em uma negociação “muito abrangente”, enquanto o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que a tarifa extra de 100% sobre produtos chineses e controles de exportação de terras raras não estão em pauta neste momento. A inflação ao consumidor (CPI) dos EUA reforçou apostas de corte de juros pelo Federal Reserve na decisão de quarta-feira. Também são aguardadas as decisões do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco do Japão (BoJ). Os rendimentos dos Treasuries sobem, o dólar recua, bolsas europeias operam de forma mista e o petróleo cai mais de 1% após altas na semana anterior.
Mercado acompanha encontro Lula-Trump e indicadores econômicos
No Brasil, os mercados repercutem o primeiro encontro presencial entre Lula e Trump, descrito pelo presidente brasileiro como “surpreendentemente bom”. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que foi acordado um cronograma de negociações, com possibilidade de revisão do tarifaço americano sobre produtos brasileiros. O principal ETF brasileiro em Nova York (EWZ) subia cerca de 1,50% no pré-mercado. A reação dos ativos deverá considerar a eventual suspensão de tarifas extras de 40% e a ampliação da lista de produtos isentos. Internamente, a agenda inclui dados do Caged, PNAD Contínua, setor público consolidado, IGP-M e boletim Focus. O Banco Central realiza leilão casado de swap reverso e venda de dólar à vista de até US$ 1 bilhão. No campo político, está prevista a votação da PEC da reforma administrativa e de outros 49 itens em regime de esforço concentrado.
Produção da Petrobras cresce e balanços ganham destaque
A Petrobras registrou produção média de 3,144 milhões de boed no 3º trimestre de 2025, alta de 17,3% em relação a 2024 e de 7,7% frente ao trimestre anterior. No pré-sal, a produção atingiu 2,117 milhões de bpd, com destaque para o FPSO Almirante Tamandaré. As exportações globais cresceram 29%, com a China representando 53% do total, enquanto os EUA responderam por 3%. As vendas internas de derivados subiram 1,9%, com aumento de 6,4% no diesel. A empresa também finalizou contratos para retomada das unidades de processamento do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima, somando mais de R$ 8,3 bilhões em investimentos. Além disso, serão divulgados nesta semana os balanços de empresas como Vale, Bradesco, Santander, Ambev, Gerdau e Multiplan.
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