Indicadores e Realizações Podem Moderar o Ibovespa
A sexta-feira concentra divulgações importantes no Brasil, como o resultado primário do setor público e a taxa de desemprego do trimestre até setembro. Após sete altas seguidas e recorde histórico, o Ibovespa tende a passar por realização de lucros, pressionado também pela queda do minério e do petróleo. No câmbio, o real pode sofrer com a força do dólar diante de moedas de países exportadores de commodities, enquanto os juros futuros refletem cautela com os Treasuries e o cenário fiscal. As projeções indicam déficit de R$ 17,3 bi em setembro e R$ 65 bi no ano, além de taxa de desemprego em 5,5%. Na política, o governo enfrenta tensão com Estados após a “megaoperação” no Rio, enquanto o presidente Lula se reúne com lideranças do setor de mineração para discutir terras raras e minerais críticos.
Balanços e Dados Mistos Movimentam Mercados Globais
Nos EUA, os futuros de Nova York operam com viés positivo, apoiados pelos bons resultados de Amazon e Apple e pelo desdobramento de ações da Netflix. O foco também recai sobre discursos de dirigentes do Federal Reserve após Powell sugerir pausa no ciclo de cortes de juros. Na Ásia, bolsas recuaram diante da contração do PMI chinês, embora Japão e Coreia do Sul tenham renovado recordes após acordos com os EUA. Na Europa, os mercados operam em leve queda, acompanhando dados fracos da Alemanha e a desaceleração da inflação da zona do euro para 2,1%. O petróleo recua antes da reunião da Opep+, e o dólar segue estável frente a outras moedas fortes. Xi Jinping defendeu o multilateralismo e o livre comércio na cúpula da Apec, pedindo estabilidade nas cadeias globais.
Vale e Gerdau Entregam Resultados Sólidos; Destaque Também para Vibra e Telefônica
A Vale reportou lucro líquido proforma de US$ 2,74 bi no 3º trimestre, alta de 78% em um ano, sustentado por forte geração de caixa e corte de custos. Analistas classificaram o balanço como sólido, com potencial de valorização para as ações. A Gerdau, por sua vez, teve lucro de R$ 1,09 bi, queda de 23,9% anual, mas mostrou resiliência operacional, especialmente na América do Norte, mantendo recomendação de compra pelo Citi. A Moody’s revisou para baixo o rating da Raízen e reafirmou o da Vibra, destacando sua robustez financeira. A Telefônica Brasil (Vivo) registrou aumento de 13,3% no lucro trimestral, impulsionado por expansão de receitas. A Cosan recebeu aprovação do Cade para novas subscrições e a Multiplan apresentou avanço de 6,9% nas vendas dos shoppings.
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