Novamente na contramão dos mercados acionários de Nova York e reagindo ao Copom, o Ibovespa registrou avanço de % na sessão desta quinta-feira, aos pontos. A Bolsa brasileira renovou recorde histórico de fechamento pelo 9º dia consecutivo e operou no campo positivo pela 12ª vez seguida. O principal índice da B3 foi impulsionado, principalmente, pela valorização de 0,52% das ações de Petrobras PN, que acompanharam o movimento do petróleo no mercado internacional. Os papéis de Rede D’Or dispararam 7,88%, após registrar lucro líquido ajustado de R$ 1,455 bilhão no 3T25, avanço anual de 19,8%. Pelo lado negativo, as ações de Minerva ON derreteram 12,80%, mesmo depois de reportar lucro líquido de R$ 120 milhões no 3T25, alta anual de 27,6%. Sem nenhuma surpresa, o Banco Central manteve na reunião de ontem a taxa Selic em 15% e praticamente “fechou as portas” para um corte de juros em dezembro, sinalizando a flexibilização monetária apenas para 2026.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com ações de empresas ligadas à inteligência artificial voltando a ser penalizadas, diante de preocupações de preços esticados, casos de AMD (-7,30%), Qualcomm (-3,63%), Palantir (-6,84%), Oracle (-2,57%) e Nvidia (-3,65%). Somado a isso, sem os principais indicadores econômicos, pesou negativamente a divulgação de 153 mil demissões em outubro no mercado de trabalho americano, o mais alto número para o mês desde 2003, de acordo com a empresa privada Challenger, Gray & Christmas. Agentes também seguiram atentos aos argumentos do governo Trump à Suprema Corte americana sobre as políticas tarifárias.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda de 0,23%, cotado a R$ 5,3489, com agentes reagindo ao tom mais duro adotado pelo Banco Central em seu comunicado pós-Copom, sinalizando que a Selic ficará estagnada em 15% por tempo prolongado. Além disso, dados fracos do mercado de trabalho americano também elevaram as apostas por corte de juros nos Estados Unidos em dezembro, o que aumentaria o diferencial entre as taxas de juros dos países.

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