Em uma sessão de apetite a risco reduzido para os ativos locais, o Ibovespa registrou queda de 2,42% nesta terça-feira, aos 158.557,57 pontos. A Bolsa brasileira foi pressionada por uma queda generalizada das ações cíclicas, que foram pressionadas por uma alta dos juros futuros após divulgação da ata do Copom, com o Banco Central mantendo um discurso duro e “fechou as portas” para iniciar o ciclo de corte de juros na reunião de janeiro de 2026. Somado a isso, o mercado também repercutiu nova pesquisa eleitoral da Quaest. Assim, o que se viu foi um recuo de SmartFit ON (-6,56%), Hapvida ON (-5,36%), Localiza ON (-5,15%), Cogna ON (-4,97%) e C&A ON (-4,91%). A maior parte das blue chips também se desvalorizou com baixas de Petrobras PN (-3,03%), de BTG Pactual units (-5,22%), de Itaú PN (-2,58%), de Bradesco PN (-2,75%) e de Banco do Brasil (-1,36%). Pelo lado positivo, as ações de Vale ON avançaram 0,38%, apoiadas pela valorização do minério de ferro.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones e S&P 500 no vermelho e o Nasdaq no azul. Entre os indicadores econômicos, o mercado digeriu dados do mercado de trabalho americano, com o relatório de empregos de novembro superando expectativas ao registrar um aumento de 64 mil vagas no mês, ante projeção de 45 mil empregos no período. Apesar de criação de empregos, o desemprego e os salários de novembro terem vindo acima do esperado, as revisões negativas de agosto e setembro e as vendas no varejo abaixo das projeções elevaram as apostas por um corte de juros pelo Fed em 2026.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,76%, cotado a R$ 5,4630, com o real e outras divisas de países exportadores de commodities sendo impactos na sessão de hoje pela queda de 2,7% do petróleo no mercado internacional, em meio a expectativa de um acordo para o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia. O barril do tipo Brent fechou no menor valor desde maio deste ano, enquanto o WTI tocou o menor nível desde fevereiro de 2021.
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