Exterior inicia o dia sem direção definida nessa quinta-feira
Os ativos estão enfrentando dificuldades para encontrar uma direção clara, divididos entre o tom austero da ata da política monetária de maio do Fed e o desempenho sólido da Nvidia no dia anterior em meio a divulgação dos dados de atividade dos EUA e dos comentários de um dirigente do Fed. Na manhã de hoje, os retornos dos Treasuries apontam para uma queda, após o aumento no dia anterior, enquanto o documento do banco central reforça a ideia de que o Fed adotará uma abordagem cautelosa em relação aos cortes na taxa básica de juros. Indicou apenas um corte nas taxas em 2024, após vários dirigentes expressarem preocupações com a inflação e não descartarem uma política monetária mais restritiva nos Estados Unidos. Enquanto isso, o petróleo parece estar se recuperando, enquanto o dólar enfraquece. Os índices futuros de Nova York também estão em alta, depois de terem recuado no dia anterior. Esses ganhos são impulsionados pelas ações da Nvidia, que registraram um aumento de quase 7,00% às 7h37. A fabricante de chips divulgou um aumento de 628% em seu lucro líquido no primeiro trimestre fiscal. Na Europa, a situação é diferente, com algumas bolsas buscando uma recuperação, favorecidas pelos PMIs de maio.
Queda do minério e cautela fiscal
Mais queda do Ibovespa não pode ser descartada, apesar do aumento do petróleo e dos índices de ações no mercado futuro de Nova York, e do fato de o principal indicador da B3 ter registrado quatro fechamentos consecutivos em baixa. A queda de 1,09% no preço do minério de ferro na China pode dificultar o avanço do Índice Bovespa. Além disso, as preocupações fiscais, relacionadas à inflação e à manutenção das taxas de juros básicas, persistem, especialmente após os comentários feitos ontem pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que aumentaram as apreensões sobre a situação econômica do país e a piora nas projeções de déficit nas contas públicas pelo governo para este ano.
Palácio e aliados do presidente da Câmara complicam relação
O agravamento da relação entre o Palácio do Planalto e os aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira, conforme indicado pela pesquisa Quaest, favorece o Centrão na eleição da Casa internamente. segundo o levantamento, o percentual de deputados que desaprovam a atenção recebida do governo diminuiu de 67% para 64%. No entanto, a insatisfação cresceu de 67% para 83% entre os independentes, um grupo que a Quaest caracteriza como predominantemente à favor do Lira. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) está se preparando para adotar uma série de medidas com o objetivo de reduzir despesas na administração pública, melhor ambiente de negócios em São Paulo e incentivar investimentos. A revisão dos benefícios fiscais concedidos a empresas é uma das medidas com maior potencial.
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