Pressionado pelo segundo dia consecutivo por dois de seus principais nomes ligados a commodities, o Ibovespa registrou queda de 0,19% na sessão desta terça-feira, aos 121.802,06 pontos, na contramão dos mercados acionários de Nova York. As ações de Vale ON recuaram 1,02%, enquanto as de Petrobras PN perderam 1,11%, com ambas sendo penalizadas pela baixa do minério de ferro e do petróleo, respectivamente. Entre os indicadores econômicos, o destaque do dia ficou por conta do PIB brasileiro do primeiro trimestre de 2024, que registrou alta de 0,8% na comparação com os três meses anteriores e avanço de 2,5% na comparação com igual trimestre do ano passado. As expectativas eram de um crescimento de 0,7% no trimestre e de 2,3% em base anualizada. Com o número, a B.Side Investimentos mantém a projeção de um crescimento de 2,0% para a economia brasileira em 2024.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, sendo beneficiadas por um movimento de queda dos rendimentos dos Treasuries, o banco central americano, em sessão na qual agentes repercutiram dados do mercado de trabalho americano. Por lá, o relatório Jolts mostrou abertura de 8,059 milhões de postos de trabalho no mês de abril, abaixo das 8,36 milhões de vagas esperadas. Adicionalmente, o número de março foi revisado para baixo, de 8,48 milhões de vagas abertas para 8,355 milhões. Os números divulgados hoje aumentaram as apostas de que o Fed começará a cortar juros na reunião de setembro. Além disso, os dados aumentaram ainda mais as expectativas pelos números do payroll, que serão divulgados na próxima sexta-feira.
No mercado de câmbio, o dólar à vista avançou 0,98%, cotado a R$ 5,2854, em linha com o movimento de fortalecimento da moeda americana ante divisas emergentes, machucadas pelo desempenho ruim das commodities. Somado a isso, a piora da percepção de risco doméstico também ajuda a diminuir a atratividade do real. Na máxima do dia, o dólar alcançou o patamar de R$ 5,2961, nível mais alto desde março de 2023.

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