Em uma sessão de alívio para os mercados acionários e de juros no âmbito doméstico, o Ibovespa registrou valorização de 0,73% na sessão desta terça-feira, aos 121.635,06 pontos. Um dos motivos, além da recuperação de tombos recentes, foi a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmando que levará ao presidente Lula cenários para conter gastos públicos quando o Orçamento de 2025 entrar em pauta. Somado a isso, o movimento de queda dos rendimentos dos Treasuries, por conta de forte demanda em leilão, também auxiliou no sentimento interno um pouco mais otimista.
Entre os indicadores econômicos, o IPCA registrou avanço de 0,46% em maio, após subir 0,38% em abril, e acima dos 0,40% esperados pelo mercado. No ano, o indicador de inflação acumula alta de 2,27% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, ao contrário dos últimos meses, desta vez a composição do IPCA não veio benigna. Ao contrário. Foram muitos os pontos que preocuparam e que certamente irão se traduzir em um Banco Central ainda mais cauteloso. Em linhas gerais, se o cenário já estava convergindo para um fim do ciclo de cortes na taxa Selic, o IPCA divulgado hoje tende a reforçar esta percepção.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no campo negativo, pressionado pela queda de 2,43% das ações de Boeing, e S&P 500 e Nasdaq no positivo. Esses dois últimos, inclusive, renovaram o recorde histórico de fechamento pelo segundo dia consecutivo. O mercado operou em compasso de espera, já que amanhã teremos a decisão de política monetária do Federal Reserve e da leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em maio.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,08%, cotado a R$ 5,3610, mantendo-se no maior patamar desde janeiro de 2023. O movimento da moeda americana aconteceu em linha na comparação com outras divisas no exterior.

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