No primeiro pregão do segundo semestre e em linha com o movimento de valorização dos mercados acionários globais, o Ibovespa registrou avanço de 0,65% na sessão desta segunda-feira, aos 124.718,07 pontos. O IFIX, índice dos fundos imobiliários teve queda de 0,85%, pressionado pela notícia de que o governo estuda a possibilidade de tributação de FIIs e Fiagros. Hoje, no Boletim Focus, o mercado voltou a elevar as projeções de inflação para 2024 e 2025. Para este ano, o IPCA projetado passou de 3,98% para 4,00%, enquanto para o próximo ano, o avanço foi de 3,85% para 3,87%.
Mesmo com o viés de alta dos juros futuros, o principal índice da B3 teve nomes ligados a commodities como seu principal propulsor, casos de Vale ON (+1,48%) e Petrobras PN (+1,52%), alinhados com a valorização do minério de ferro e do petróleo, respectivamente. Na maior alta do dia, os papéis de SLC Agrícola ON dispararam 7,22%, após a companhia informar que as terras de sua propriedade foram avaliadas pela consultoria Deloitte Touche Tohmatsu em R$ 11,591 bilhões, ante R$ 10,928 bilhões na avaliação anterior.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com destaque para o setor de tecnologia, mesmo em um pregão de forte alta para os rendimentos dos Treasuries, com a ponta longa da curva atingindo seus maiores níveis em quase um mês. A semana nos Estados Unidos será encurtada por conta do feriado de 4 de julho, na quinta-feira. O principal destaque da agenda fica por conta do relatório de empregos americano, o payroll, de junho, que será divulgado na sexta-feira.
No mercado de câmbio, o dólar à vista disparou 1,16%, cotado a R$ 5,6533, no maior patamar desde 10 de janeiro de 2022, quando custava R$ 5,6742, em linha com o movimento de fortalecimento da moeda americana no exterior, diante do avanço dos Treasuries. Já o euro ultrapassou a marca de R$ 6,00, patamar não visto desde fevereiro de 2022. Sem drivers locais relevantes para conter a desvalorização do real, o cenário fiscal e os ruídos políticos seguem como ponto de atenção. Hoje, o presidente Lula declarou que “quem quer o BC autônomo é o mercado” e que “o que não pode é ter um BC que não está combinando com o desejo da nação”, acirrando ainda mais os ânimos.

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