Em linha com o mau humor nos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou queda de 0,95% na sessão desta quinta-feira, aos 135.173,39 pontos, quebrando a sequência de três pregões consecutivos no campo positivo. Somado a isso, agentes também adotaram cautela de olho no Banco Central, especialmente no discurso “menos duro” do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Em evento da Fenabrave, ele afirmou que a autoridade monetária não pode se arriscar com um “forward guidance” (orientação futura), apesar do “cenário desconfortável”. Diante de uma alta dos juros futuros, ações cíclicas tiveram as maiores baixas, casos de CVC ON (-6,09%), MRV ON (-5,15%) e Magazine Luiza ON (-4,33%).
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o mercado à espera do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, amanhã no Simpósio de Jackson Hole. Os mercados acionários foram pressionados por um movimento de alta dos rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos, com o setor de tecnologia liderando as perdas entre os segmentos do índice S&P 500.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,98%, cotado a R$ 5,5904, justificado por um movimento de maior aversão a risco no exterior e por dúvidas relacionadas aos próximos passos do Banco Central, especialmente após falas de Galípolo. O real teve o pior desempenho entre as principais divisas do mundo.
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