Pressionado pelo mau humor nos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,41% na sessão desta terça-feira, aos 134.353,48 pontos. A Bolsa brasileira teve nomes ligados a commodities como seus principais detratores. Após recuo de 4,74% do minério de ferro na China, os papéis de Vale ON perderam 3,73%. As petroleiras não ficaram atrás e cederam em bloco, também afetadas pela baixa superior a 4% do petróleo. Prio ON tombou 5,16% e Petrobras PN teve decréscimo de 1,21%. Por outro lado, as ações de Azul PN aceleraram 10,20%, em ritmo de recuperação sobre as fortes perdas vistas nos últimos três pregões.
Entre os indicadores econômicos, o PIB do segundo trimestre de 2024 cresceu 1,4% na comparação com o trimestre anterior, e 3,3% frente a igual período do ano passado. Ambos os resultados ficaram acima das expectativas, de crescimento de 0,9% e 2,6%, respectivamente. Com o número apresentado hoje, o PIB acumula alta de 2,5% em 12 meses. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, o dado pode causar um aumento na probabilidade de o Copom subir juros na reunião do dia 18 de setembro. Neste sentido, o IPCA de agosto, que será divulgado na próxima semana, ganha ainda mais relevância no processo decisivo.
Em Wall Street, as bolsas americanas reportaram fortes perdas, na volta do feriado do Dia do Trabalho. O setor mais afetado foi o de tecnologia, com as ações de Nvidia tombando 9,54%. O sentimento de pessimismo tomou conta depois de dados econômicos mais fracos do que o esperado, com leituras consideradas decepcionantes do PMI industrial dos EUA, tanto da S&P Global quanto do ISM.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,46%, cotado a R$ 5,6404, em linha com o movimento de fortalecimento da moeda americana, em sessão marcada por maior aversão a risco. As divisas ligadas a commodities foram penalizadas de maneira generalizada diante de temores de desaceleração da economia americana.
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