Em um pregão marcado por cautela com agentes à espera de decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, em evento que é conhecido como Super Quarta, o Ibovespa registrou recuo de 0,12% nesta terça-feira, aos 134.960,19 pontos. A Bolsa brasileira foi pressionada por alguns de seus principais nomes, casos de Petrobras PN (-0,40%), Vale ON (-0,51%), Bradesco PN (-0,65%) e Itaú PN (-0,41%). Na ponta positiva, os papéis de Azul PN aceleraram 13,84%, em ritmo de recuperação. Por aqui, o mercado precifica majoritariamente uma elevação de 25 pontos-base da Selic, o que levaria a taxa de juros no Brasil para um patamar de 10,75%. No entanto, agentes esperam por um discurso mais duro do Banco Central.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas encerraram o dia muito próximas da estabilidade, com o mercado em compasso de espera pela decisão de amanhã do Federal Reserve com ampla expectativa pelo início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos. Resta a dúvida sobre qual será a magnitude do corte: se de 25 ou de 50 pontos-base, com a maioria das apostas apontando para a primeira opção. Vale lembrar que o Fed iniciou o ciclo de elevação de juros americano em março de 2022. Entre os indicadores econômicos, os dados de vendas do varejo registraram alta de 0,1% em agosto, contrariando a expectativa de queda de 0,2%. Já a produção industrial subiu 0,8% em agosto, acima do consenso de avanço de 0,2%. Ambos os números mostraram a resiliência da economia americana.
No mercado de câmbio, o dólar à vista cedeu 0,41%, cotado a R$ 5,4882, no quinto pregão consecutivo em movimento de desvalorização. Neste período, a moeda americana caiu de R$ 5,65 para o atual patamar de R$ 5,48. A justificativa para o forte recuo se dá pela expectativa de ampliação do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, com a Selic em movimento de alta e os juros americanos na contramão, em movimento de baixa.

Deixe um comentário