Bolsas globais operam forte alta após decisão do Fed
Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam em forte alta nesta quinta-feira, um dia depois de o Federal Reserve, o banco central americano, iniciar seu ciclo de corte de juros de 0,50 ponto percentual, na faixa entre 4,75% e 5,00%. Mesmo com o presidente do Fed, Jerome Powell, tentando conter os ânimos do mercado, as apostas de afrouxamento monetário até o final do ano chegam a 75 pontos-base. Mais cedo, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve os juros inalterados em 5,0% e adotou um discurso cauteloso. Ainda teremos decisões de política monetária na China, Turquia África do Sul e Japão. Este último na madrugada de sexta-feira. Nos Estados Unidos, a agenda reúne dados semanais de seguro-desemprego e vendas de moradias usadas. Entre as commodities, o petróleo sobe cerca de 1%, enquanto o minério de ferro fechou em alta de 1,69% em Dalian, na China.
Mercado reage à retomada do ciclo de alta de juros no Brasil
No cenário doméstico, o mercado reage à decisão do Copom em elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,75% ao ano, em linha com as projeções do mercado. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, os próximos passos estão em aberto e o Copom não se comprometeu com eles, mas dado o início do ciclo, é de se esperar que novas altas de 25 bps aconteçam até o final deste ano. Este novo ciclo, no entanto, deverá ser curto, e a taxa Selic deverá voltar a cair em meados do ano que vem. A agenda desta quinta-feira traz dados de arrecadação federal em agosto, às 10h30, com previsão de angariação de R$ 201,200 bilhões, após R$ 231,044 bilhões em julho.
Aéreas devem se beneficiar de liberação de recursos de fundo do governo
No noticiário corporativo, o mercado deve reagir à notícia de que o governo sancionou a liberação de recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), o que pode contribuir para a saúde financeira das companhas aéreas, que devem ser impactadas positivamente pela medida. O Itaú realizou emissão de letras financeiras subordinadas perpétuas, no valor de R$ 1 bilhão, com opção de recompra a partir de 2029. A Hypera distribuirá JCP no valor bruto de R$ 0,19 por ação, o equivalente a R$ 123,5 milhões. Já a Vibra Energia pagará R$ 262 milhões em JCP, ou R$ 0,23 por ação. A AgroGalaxy, que protocolou pedido de recuperação judicial, justificou que a decisão aconteceu por conta de “desafios que afetam toda a cadeia produtiva”, como questões climáticas e juros elevados.
Deixe um comentário