Em uma sessão marcada por alta dos juros futuros e mau humor global, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,55% nesta sexta-feira, aos 131.065,44 pontos. A Bolsa brasileira foi pressionada tanto por ações ligadas a commodities metálicas, como Vale ON e CSN ON, quanto por papéis mais sensíveis aos juros, casos de CVC ON, Eztec ON, Azul PN e Magazine Luiza ON. Além disso, denúncias de funcionários do IBGE contra a gestão de Márcio Pochmann colocaram em dúvida a transparência do instituto.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones renovando recorde histórico de fechamento acima do nível dos 42 mil pontos, alcançado na véspera. O diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, se pronunciou nesta sexta-feira ao dizer que a inflação está desacelerando mais rápido do que o esperado e por este motivo optou por apoiar um corte de 0,50 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos na reunião de política monetária do Fed na última quarta-feira. No noticiário corporativo, as ações de FedEx tombaram 15,23%, após a gigante de transportes reportar lucros do primeiro trimestre bem piores do que o esperado.
No mercado de câmbio, o dólar à vista avançou 1,78%, cotado a R$ 5,5209, em linha com o movimento global de fortalecimento da moeda americana, encerrando uma sequência de sete sessões seguidas de valorização do real. No cenário geopolítico, o bombardeio de Israel a Beirute, no maior ataque ao Líbano desde o início da guerra com o Hamas, em outubro de 2023, trouxe maior cautela dos agentes. Somado a isso, um rebalanceamento do índice FTSE Emerging Markets, com o Brasil perdendo participação de 5,3% para 5,2%, pode ter tirado até US$ 200 milhões do País.
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