Mesmo com o avanço de ações de Vale ON (+0,45%), de Petrobras PN (+0,73%) e de Itaú PN (+1,26%), o Ibovespa registrou desvalorização de 0,43% na sessão desta quarta-feira, aos 131.586,45 pontos. Por aqui, pesou o mau humor externo, o que pressionou os juros longos e, consequentemente, papéis mais sensíveis à economia doméstica. Nem mesmo o bom resultado do IPCA-15, que registrou alta de 0,13% em setembro, abaixo das expectativas do mercado, foi suficiente para dar fôlego adicional. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, mesmo com uma composição bastante benigna, o número de hoje, ainda, não altera a perspectiva em torno do ciclo de alta da taxa Selic que teve início na última semana – até porque, parte considerável das justificativas passam pelo nível de atividade inflacionária pelo modelo do BC, e por preocupações fiscais. No entanto, se a composição benigna de hoje seguir aparecendo nas próximas leituras de inflação, pode ser que um ciclo mais curto passe a ser considerado.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones e o S&P 500 no campo negativo, se afastando de suas máximas históricas conquistadas recentemente, enquanto o Nasdaq encerrou no azul. Nove de 11 setores do S&P 500 terminaram o dia no vermelho. Entre os destaques negativos, as ações de General Motors e Ford caíram mais de 4% após o Morgan Stanley rebaixar a recomendação para as empresas. Diante de uma agenda esvaziada em termos de indicadores econômicos, as vendas de novas casas cederam 4,7% em agosto para 716 mil, abaixo da leitura revisada de julho de 751 mil.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve alta de 0,24%, cotado a R$ 5,4761, em um ajuste em relação à forte queda da moeda americana vista ontem, após anúncio de estímulos econômicos para a economia chinesa, que beneficiam o real. A divisa brasileira, inclusive, teve desempenho superior a pares, já que o dólar ganhou bastante terreno na sessão na comparação com moedas ligadas a commodities.

Deixe um comentário