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Fechamento B.Side: Ibovespa opera na contramão de NY e recua aos 129 mil pontos pressionado por commodities e avanço dos juros futuros; dólar sobe a R$ 5,58

Fechamento B.Side: Ibovespa opera na contramão de NY e recua aos 129 mil pontos pressionado por commodities e avanço dos juros futuros; dólar sobe a R$ 5,58

Na contramão dos mercados acionários de Nova York e pressionado pelo mau desempenho das commodities, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,18% na sessão desta quarta-feira, aos 129.962,06. Impactadas pela queda do petróleo e do minério de ferro, as ações de Petrobras PN e de Vale ON recuaram 1,01% e 0,26%, respectivamente. O setor financeiro também foi destaque negativo, com recuo dos papéis de Bradesco PN (-1,97%), Itaú PN (-1,84%) e Banco do Brasil ON (-2,04%). Somado a isso, houve um movimento de alta da curva de juros, mesmo diante de uma leitura de inflação em linha com as expectativas, o que pressionou ativos cíclicos, casos de Yduqs ON (-6,46%) e Cogna ON (-6,34%).

Mais cedo, o IPCA registrou avanço de 0,44% em setembro, vindo de um recuo de 0,02% em agosto. O resultado ficou levemente abaixo dos 0,45% esperados pelo mercado. Com isso, a inflação acumulada no ano passou a 3,31%, e, em 12 meses, a 4,42%. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, embora a composição da inflação corrente ainda seja benigna, ela não tem força para mudar sinalizações ou mesmo ações da autoridade monetária. O Banco Central deve manter seu discurso mais duro, sinalizando um balanço em que os riscos de alta prevalecem, e focando na deterioração das expectativas da pesquisa Focus. Estes fatores, junto com a possibilidade de cortes menores nos Estados Unidos, ainda justificam uma aceleração no ritmo de alta por parte do Copom.

Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, em alta pelo segundo pregão consecutivo. O índice S&P 500 renovou recorde histórico de fechamento. As ações de tecnologia lideraram o rali, com ganhos de 0,66%, 1,34% e 1,67% para Microsoft, Amazon e Apple, nesta ordem. O dia foi marcado pela divulgação da ata relativa à última reunião de política monetária do Federal Reserve que anunciou uma queda de 50 pontos-base na taxa de juros dos Estados Unidos, dando início ao ciclo de cortes. O documentou mostrou que a decisão não foi unânime, com uma minoria votando por uma redução de 25 pontos-base.

No mercado de câmbio, o dólar à vista avançou 0,98%, cotado a R$ 5,5871, ganhando força após a divulgação da ata do Fed, especialmente por conta da leitura de que a autoridade monetária deve seguir mais cautelosa após decisão dividida entre membros do banco central americano. Além disso, há uma corrente cautelosa por conta da guerra no Oriente Médio, a aproximação da eleição dos EUA, a decepção do início da semana com a China e, por fim, uma maior percepção de risco fiscal após notícia da Folha de S. Paulo informar que o governo considera aumentar o teto de isenção de imposto de renda até R$ 5 mil.

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