Com o mercado em compasso de espera por um possível anúncio de corte de gastos pelo governo, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,37% na sessão desta terça-feira, aos 130.719,93 pontos. Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que não há qualquer tipo de veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito do pacote e que as conversas estão avançando. No entanto, a falta de novidades gerou um sentimento de apreensão entre agentes. As units de Santander tombaram 5,16%, após o banco reportar lucro gerencial de R$ 3,664 bilhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa um avanço de 34,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Outros nomes importantes como Vale ON (-0,48%) e Petrobras PN (-0,30%) também empurraram a Bolsa brasileira para baixo.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no vermelho e S&P 500 e Nasdaq no azul. Mais uma vez o destaque ficou por conta do setor de tecnologia, na semana em que teremos uma bateria de resultados corporativos das principais empresas do segmento, como Alphabet, Meta, Microsoft e Apple. Os rendimentos dos Treasuries com vencimento em 10 anos atingiram o maior nível desde julho, apesar do relatório Jolts de setembro ter mostrado uma queda brusca das vagas de trabalho abertas no país, de 8 milhões para 7,4 milhões.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,92%, cotado a R$ 5,7616, o maior nível de fechamento desde 30 de março de 2021, quando encerrou o pregão a R$ 5,1619. O real teve o pior desempenho entre as divisas emergentes, com operadores justificando o movimento por conta da frustração pela ausência de medidas de corte de gastos prometidas pelo governo após as eleições municipais. Agentes também adotam cautela antes do payroll, que será divulgado na sexta-feira, e da proximidade com a eleição americana e a decisão de política monetária do Federal Reserve, ambos na semana que vem.
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