Após quatro pregões consecutivos no campo negativo, o Ibovespa voltou a operar no azul na sessão desta segunda-feira, em alta de 1,87%, aos 130.514,79 pontos. Por aqui, os ativos locais passaram por uma descompressão de riscos, diante da expectativa do mercado de que o governo anuncie nos próximos dias um pacote de corte de gastos. Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para “finalizar” as medidas, que já estão “muito adiantadas do ponto de vista técnico”, segundo ele. Assim, a Bolsa brasileira foi impulsionada por ações ligadas a commodities, casos de Vale ON (+1,03%) e Petrobras PN (+0,23%), e por papéis cíclicos, diante de uma queda firme dos juros futuros, refletindo em avanços de 11,03% para Cogna ON, de 10,38% para Magazine Luiza, de 9,28% para CVC ON e de 8,07% para LWSA ON.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o mercado adotando cautela antes de dois destaques da semana: a eleição presidencial dos Estados Unidos, na terça-feira, com pesquisas apontando para uma disputa acirrada entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, além da decisão de política monetária do Federal Reserve, na quinta-feira, com ampla expectativa por um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros americana.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 1,47%, cotado a R$ 5,7831, devolvendo a valorização da moeda americana na sexta-feira. No âmbito interno, a expectativa por medidas de corte de gastos dão ímpeto ao real. Somado a isso, a decisão de política monetária do Copom, na quarta-feira, com expectativa de elevação de 50 pontos-base da Selic, também traz força à divisa brasileira, já que o diferencial de juros entre Brasil e EUA ficará ainda maior. Lá fora, tivemos um ajuste no “Trump Trade”, isto é, apostas por um dólar mais forte em caso de vitória do ex-presidente dos EUA, dado que pesquisas apontam para uma corrida eleitoral indefinida.
Deixe um comentário