Em compasso de espera pelo possível anúncio do pacote de corte de gastos ainda nesta semana, o Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira próximo da estabilidade, em leve queda de 0,02%, aos 127.768,19 pontos. O desempenho da Bolsa brasileira só não foi pior porque alguns de seus principais nomes tiveram um pregão de firme alta, especialmente os papéis ligados a commodities, casos de Vale ON (+1,25%) e Petrobras PN (+2,50%). A estatal teve impulso adicional por conta da expectativa com o Plano Estratégico de 2025 a 2029, que será submetido ao conselho na próxima quinta-feira (21). Em evento, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou que não enxerga a realidade fiscal do Brasil como um “desastre iminente” e afirmou que há a possibilidade de corrigir a rota “muito mais através da parte de gasto que através de receita”.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no campo negativo e S&P 500 e Nasdaq no positivo. O destaque do dia ficou por conta da valorização de 5,62% das ações de Tesla, após reportagem da Bloomberg afirmando que a equipe do presidente eleito Donald Trump está trabalhando em maneiras de facilitar a regulamentação de veículos autônomos. Desde o final da semana passada, agentes adotam cautela nos mercados acionários diante da sinalização de que o Federal Reserve deve cortar os juros dos Estados Unidos mais lentamente do que o esperado. Para a reunião de dezembro do Fed, as apostas são de 58,7% de um corte de 0,25 ponto percentual e 41,3% de manutenção dos juros.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,70%, cotado a R$ 5,7474, em linha com a desvalorização da moeda americana em âmbito global, em uma provável realização de lucros com um desmonte das operações de “Trump trade”, isto é, apostas em torno da apreciação do dólar com a eleição do republicano Donald Trump. Somado a isso, o movimento de alta das commodities também deu impulso adicional à divisas como o real.

Deixe um comentário