Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou leve recuo de 0,04% na sessão desta quarta-feira, aos 126.087,02 pontos, novamente pressionado por temores relacionados ao cenário fiscal do País. Desta vez, o ruído veio do Congresso, após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmar que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino sobre emendas parlamentares causa “intranquilidade legislativa” e que o governo não tem votos suficientes para aprovação de urgências dos projetos do pacote fiscal. A Bolsa brasileira foi pressionada por dois de seus principais nomes: Vale ON (-1,95%) e Petrobras PN (-0,63%).
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq renovando recorde histórico de fechamento, com ações de tecnologia liderando ganhos após fortes relatórios de Salesforce e Marvell Technology. Entre os indicadores econômicos, o PMI de serviços dos Estados Unidos subiu para 56,1, acima dos 55 registrados em outubro, mas abaixo das projeções de 57. Já o relatório ADP mostrou a criação de 146 mil postos de trabalho no setor privado americano, também aquém da expectativa de adição de 150 mil vagas. Assim, as apostas para o Federal Reserve cortar a taxa de juros dos EUA em 25 pontos-base perdeu força, ainda que se mantenha como visão majoritária do mercado.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve queda de 0,21%, cotado a R$ 6,0457, com o real sendo beneficiado por um movimento global de enfraquecimento da moeda americana, diante de dados mais fracos do que o esperado da economia dos EUA. No entanto, o incômodo fiscal instaurado nas últimas semanas impede uma recuperação mais firme da divisa brasileira, que se mantém acima do nível de R$ 6,00 pelo quarto dia consecutivo.

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