Impulsionado pela valorização de dois de seus principais nomes, o Ibovespa operou na contramão dos mercados acionários de Nova York e registrou avanço de 1,00% na sessão desta segunda-feira, aos 127.210,19 pontos. A Bolsa brasileira foi beneficiada, principalmente, pela alta de 5,32% das ações de Vale ON, impulsionas pelas promessas de estímulos econômicos feitas pelo governo chinês para 2025. Já os papéis de Petrobras PN avançaram 2,59%, em linha com a valorização do petróleo no mercado internacional, com o mercado repercutindo a queda do regime de Bashar Al-Assad na Síria, o que contribui para elevar as incertezas no Oriente Médio. Na ponta oposta, papéis mais sensíveis à economia doméstica registraram perdas relevantes diante da aceleração dos juros futuros, com Pão de Açúcar ON (-5,06%) e Petz ON (-4,51%) liderando no campo negativo. A taxa de com vencimento em janeiro de 2027 voltou a tocar a casa dos 15%, em uma semana na qual a decisão do Copom fica no foco dos investidores, com agentes se dividindo entre uma elevação de 0,75 ou 1,00 ponto percentual.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com os índices passando por uma correção de suas máximas históricas, especialmente o setor de tecnologia. Os papéis de Nvidia tombaram 2,55%, após um regulador chinês anunciou que está investigando a fabricante de chips por potencialmente violar a lei antimonopólio do país. Além disso, o mercado adota cautela antes da divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos, com o CPI e o PPI de novembro dos EUA, na quarta-feira e na quinta-feira, respectivamente.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,20%, cotado a R$ 6,0829, renovando mais uma vez a máxima histórica de fechamento, com o incômodo fiscal se sobrepondo às expectativas positivas com China, que beneficiaram as moedas ligadas a commodities, como o real. Por aqui, a dificuldade do governo chegar a um consenso com o Congresso para aprovação do pacote de corte de gastos manteve o mau humor do mercado nesta segunda-feira.
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