Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,09% na sessão desta segunda-feira, aos 120.766,57 pontos. Por aqui, pesou a desidratação imposta pelo Congresso ao pacote fiscal do governo, com projeção de R$ 14,8 bilhões a menos para os próximos dois anos. Os juros futuros também tiveram um pregão de forte alta, pressionados por mais uma deterioração das expectativas de inflação divulgadas no Boletim Focus, com o mercado passando a precificar a Selic de 2025 de 14% para 14,75%. Assim, praticamente todos os vértices da curva passaram a operar acima de 15%. A Bolsa brasileira teve o setor financeiro como um dos principais detratores, com desvalorização de 1,94% para Itaú PN, de 1,79% para Bradesco PN e de 3,09% para as units de Santander. Por outro lado, os papéis de Vale ON avançaram 0,42% e de Petrobras ON subiram 0,76%.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, novamente com os nomes do setor de tecnologia com o maior destaque. O mercado também foi beneficiado pela notícia de que o presidente dos Estados Unidos Joe Biden assinou um projeto de lei de financiamento no sábado que evitou uma paralisação do governo. O volume de negócios foi reduzido por conta da semana encurtada já que teremos o feriado de Natal. Na terça-feira, os mercados de Nova York fecham mais cedo e, na quarta-feira, ficarão fechados.
No mercado de câmbio, o dólar à vista encerrou em alta de 1,86%, cotado a R$ 6,1851, em linha com o movimento de valorização da moeda americana ante as divisas emergentes, contudo com o real tendo o pior desempenho entre seus pares. A moeda brasileira foi pressionada assim como todos os ativos domésticos por conta do incômodo contínuo com a situação fiscal do País. O Banco Central anunciou para amanhã um novo leilão à vista de até US$ 3 bilhões.
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