Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,65% na sessão desta terça-feira, aos 125.147,42 pontos. A Bolsa brasileira foi pressionada, principalmente, pelas ações de Petrobras ON e PN, que recuaram 1,26% e 0,99%, respectivamente, depois de dados mais fracos de produção no 4T24. A estatal ainda teve uma melhora de desempenho na parte final do pregão após notícia veiculada pela Reuters de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar um memorando presidencial ainda hoje para restaurar a “pressão máxima” sobre o Irã, o que impulsionou o petróleo. Por outro lado, o avanço de alguns nomes do setor bancário, com altas de Itaú PN (+0,36%) e Banco do Brasil ON (+0,58%), impediu uma queda mais acentuada do principal índice da B3.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, especialmente as ações de tecnologia. O grande destaque do dia ficou por conta da disparada de 23,99% dos papéis da companhia de software Palantir, cujos resultados do quarto trimestre de 2024 superaram as expectativas do mercado e atingiram recorde histórico de lucro. Agentes também seguiram repercutindo o noticiário envolvendo a guerra de tarifas entre EUA e China. Como resposta a Trump, O governo chinês aplicou tarifas de até 15% sobre as importações de carvão e gás natural dos EUA e impostos 10% mais altos sobre petróleo bruto, equipamentos agrícolas e carros, a partir de 10 de fevereiro. Entre os indicadores econômicos, o relatório Jolts mostrou que o número de vagas de trabalho abertas nos EUA caiu para 7,6 milhões em dezembro, ante 8,2 milhões em novembro, e abaixo da expectativa de geração de 8 milhõers de postos de trabalho.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda de 0,75%, cotado a R$ 5,7724, na 12ª sessão consecutiva de desvalorização da moeda americana na comparação com o real, na maior sequência de quedas do dólar desde a adoção do real, em julho de 1994. Além disso, o dólar atingiu o menor patamar desde 19 de novembro de 2024. A divisa americana perdeu terreno globalmente após Trump adiar a tarifação de produtos importados do México e do Canadá. Somado a isso, operadores apontam para o grande diferencial de juros entre Brasil e EUA e ausência de ruídos locais para um movimento de recuperação do real.

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