Uma nova onda de pessimismo atingiu os ativos locais diante de um temor renovado do mercado de que o governo adotará medidas de expansão fiscal. O movimento foi motivado por falas do presidente Lula de que a economia brasileira crescerá “mais que o previsto” em 2025, adicionando que “dinheiro na mão do pobre é o que vai salvar o País”. Além disso, a imprensa ainda noticiou que Lula irá liberar o acesso ao FGTS para quem foi demitido após ter escolhido o saque aniversário, o que é vetado pelas regras vigentes. O anúncio deve acontecer nos próximos dias. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, durante o evento P3C 2025, que “não existe um ajuste fiscal possível” caso a economia do Brasil não cresça
Assim, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,36% na sessão desta segunda-feira, aos 125.401,38 Dpontos. A queda dos papéis da Bolsa brasileira foi praticamente generalizada, com recuos de 0,91% para Vale ON, de 0,70% para Petrobras PN, de 0,55% para Itaú PN e de 1,77% para Bradesco PN. Pelo lado positivo, as ações de Azul PN subiram 4,13%, após a companhia aérea registrar lucro líquido ajustado de R$ 62,4 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 270,6 milhões reportado no mesmo período do ano anterior.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único. A sessão foi marcada por uma pressão vendedora para nomes do setor de tecnologia. Desde sexta-feira passada, a preocupação do mercado gira em torno de uma desaceleração da economia dos Estados Unidos. Hoje, o índice de atividade nacional do Fed de Chicago caiu para -0,03 em janeiro, de 0,18 em dezembro. Nesta semana, teremos como destaque a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE), a medida preferida do Fed para medir a inflação, referente ao mês de janeiro, na sexta-feira.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,44%, cotado a R$ 5,7560, com o real também sendo penalizado pela preocupação do mercado com o cenário fiscal brasileiro, depois de sinalizações de expansão fiscal por parte do governo.

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