Em uma sessão de forte avesão a risco para os ativos locais antes do feriado de Carnaval, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,60% na sessão desta sexta-feira, aos 122.799,09 pontos. Por aqui, pesou a notícia de que o presidente Lula colocou a presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann no comando da Secretaria de Relações Institucionais, ministério responsável pela articulação política do governo. Somado a isso, bate-boca entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em plena Casa Branca também trouxe cautela aos investidores. A Bolsa brasileira foi pressionada por seus principais nomes, casos de Vale ON (-2,04%), Petrobras PN (-1,86%), Bradesco PN (-2,01%) e Itaú PN (-2,44%). Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 3,40%.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, no entanto uma discussão entre Trump e Zelensky levantou o alerta do mercado para a continuidade de tensões geopolíticas. O índice Nasdaq encerrou fevereiro com seu pior desempenho mensal desde setembro de 2023, período marcado por liquidação das ações de tecnologia. Entre os indicadores econômicos, o dado de inflação PCE, considerado o favorito do Federal Reserve, subiu 2,5% em base anualizada e alta de 0,3% em fevereiro na comparação com o mês anterior, em linha com as projeções do mercado.
No mercado de câmbio, o dólar à vista disparou 1,50%, cotado a R$ 5,9163, com a indicação de Gleisi sendo mal recebida em âmbito doméstico. Além disso, as moedas emergentes, entre elas o real, foram penalizadas após a discussão entre os presidentes dos EUA e da Ucrânia, levando investidores a buscar proteção. Na semana, o dólar registrou avanço de 3,24%.
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