Em linha com o apetite a risco nos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou queda de 0,81% na sessão desta terça-feira, aos 123.507,35 pontos, dando sequência às perdas da véspera. A Bolsa brasileira teve a desvalorização de Petrobras PN (-1,50%) e de nomes do setor bancário como principais detratores. Por outro lado, o avanço de 0,83% de Vale ON impediu uma desvalorização mais acentuada do Ibovespa. O mercado foi tomado pelo pessimismo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar adicionar uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e o alumínio importados do Canadá, elevando a taxação total sobre esses produtos para 50%.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o mercado reagindo negativamente aos planos de Trump de elevar tarifas sobre o Canadá. O republicano, no entanto, não deve seguir com a ideia, já que o premiê de Ontário, Doug Ford, concordou em suspender temporariamente a taxação de 25% sobre a eletricidade exportada para os Estados Unidos. A notícia de que a Ucrânia concordou com um acordo proposto pelos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias na guerra contra a Rússia trouxe algum alívio para os mercados, contudo não foi suficiente para impedir um novo dia de perdas.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda de 0,69%, cotado a R$ 5,8117, com o real recuperando parte das perdas de ontem. Pesou positivamente para as divisas emergentes, especialmente as europeias, a notícia de aceite de um cessar-fogo por parte da Ucrânia. Somado a isso, o mercado acompanha a possibilidade de Trump diminuir as tarifas sobre o Canadá após algumas concessões.

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