Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou avanço de 1,43% na sessão desta quinta-feira, aos 125.637,11 pontos. A Bolsa brasileira foi impulsionada pela valorização de seus principais nomes, casos de Vale ON (+1,38%), Petrobras PN (+1,00%), Itaú PN (+1,62%) e Bradesco PN (+1,75%). A maior alta do dia veio da disparada de 10,48% dos papéis da própria B3 ON, após receber decisão favorável do Carf cancelando um auto de infração da Receita Federal no valor de R$ 5,77 bilhões.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o mercado diminuindo seu apetite a risco diante de sucessivas ameaças tarifárias de Donald Trump. Desta vez, o presidente dos Estados unidos foi à sua plataforma Truth Social afirmar que pretende impor tarifas de 200% sobre todos os produtos alcoólicos de países da União Europeia como forma de retaliação à taxa de 50% do bloco sobre o uísque americano. “Isso será ótimo para os negócios de vinho e champanhe nos EUA”, escreveu Trump. Os índices americanos caminham para a terceira sessão consecutiva de perdas. Entre os indicadores econômicos, o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA registrou estabilidade em fevereiro na comparação com o mês anterior, melhor que as projeções de avanço de 0,2%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve leve queda de 0,15%, cotado a R$ 5,8002, na contramão da maioria dos mercados desenvolvidos, no qual a moeda americana ganhou terreno, diante de preocupações com uma possível recessão da economia dos EUA. As divisas emergentes, especialmente de América Latina e Ásia, tiveram um desempenho mais resiliente na comparação com o dólar. A cautela de agentes com o cenário fiscal do Brasil, depois de novas propostas de inclusão de gastos extras na peça orçamentária deste ano, também impediu uma valorização mais acentuada do real.

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