Mais um dia de apetite a risco reduzido nas bolsas globais diante dos temores relacionados à guerra comercial entre as principais economias do mundo. Foi nesse contexto que os ativos locais, que num primeiro momento passaram ilesos após o tarifaço de Trump, foram atingidos na sessão desta segunda-feira. O Ibovespa registrou queda de 1,31%, aos 125.588,09 pontos, pressionado, principalmente, pela queda das ações de Petrobras ON e PN, que tombaram 5,57% e 3,97%, respectivamente. Além da desvalorização do petróleo no mercado internacional, pesou sobre a estatal a notícia da CNN de que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria procurado a direção da Petrobras nos últimos dias para tentar viabilizar uma redução no preço dos combustíveis.
Em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 seguiram em trajetória de queda, mas em ritmo menor do que outros mercados acionários, como as bolsas europeias, que derreteram mais de 4% no pregão. O Nasdaq conseguiu encerrar o dia no campo positivo. Agentes tentaram especular nesta segunda-feira se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia voltar atrás sobre o tarifaço feito na última semana. No entanto, a Casa Branca foi taxativa ao afirmar que uma pausa de 90 dias nas tarifas – notícia ventilada pelo mercado – é uma fake news. Trump ainda afirmou que, se a China não retirar seu aumento de 34% sobre os produtos americanos até amanhã, 8 de abril de 2025, os EUA adicionarão tarifas sobre a China de 50%, com efeito a partir de 9 de abril.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 1,30%, cotado a R$ 5,9106, diante da escalada das tensões comerciais entre Estados unidos e China. A notícia de que Trump pode aumentar ainda mais as tarifas para produtos chineses fez com que a moeda americana ganhasse terreno na comparação com divisas de emergentes. Somado a isso, a desvalorização das commodities também diminuiu a atratividade do real no pregão.
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