Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou queda de 0,44% na sessão desta quinta-feira, aos 137.272,59 pontos, no segundo pregão consecutivo no campo negativo. Por aqui, o mercado repercutiu o anúncio de bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento. O governo também confirmou que será anunciado o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), mas não deu mais detalhes. A Bolsa brasileira foi penalizada por uma desvalorização generalizada das blue chips, casos de Vale ON (-0,75%), Petrobras PN (-1,32%) e Itaú PN (-0,69%).
Em Wall Street, as bolsas americanas encerraram o dia sem definir sinal único, mas muito próximas da estabilidade, reagindo à aprovação da Câmara dos Estados Unidos, por 215 votos a 214, pela proposta tributária e de gastos do governo Trump. A medida agora vai para o Senado americano. O projeto eleva gastos com Forças Armadas e controle das fronteiras, entre outras medidas, e somará cerca de US$ 3,8 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões do governo federal na próxima década. O rendimento dos Treasuries de 30 anos foi negociado em níveis não vistos desde 2023, em torno de 5,14%, antes de recuar no final da sessão. O rendimento dos Treasuries de 10 anos também cedeu em relação à máxima do dia.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,33%, cotado a R$ 5,6610, após operar grande parte do pregão no terreno negativo. No entanto, o anúncio de aumento do IOF gerou um mau humor generalizado no mercado doméstico, ofuscando o alívio com a contenção de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025.

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