Indefinição Geopolítica e Decisões de Bancos Centrais Movimentam os Mercados
Os mercados globais operam com cautela após a decisão do Federal Reserve de manter os juros entre 4,25% e 4,50%, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu decidir nas próximas duas semanas sobre eventual entrada americana no conflito entre Israel e Irã, elevando o risco geopolítico. Na Europa, as bolsas mostram leve recuperação com dados de deflação na Alemanha e queda de 2,7% nas vendas do varejo britânico, um dia após o Banco da Inglaterra manter juros em 4,25%. O Banco Central da Suíça cortou os juros a 0% e o da Noruega reduziu para 4,25%. Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única após o banco central chinês manter suas taxas inalteradas. O petróleo Brent recua mais de 2% com a indefinição sobre o conflito, enquanto o dólar cede frente a euro e libra.
Copom Sinaliza Juro Alto Prolongado
O mercado local repercute a decisão do Copom, que elevou a Selic de 14,75% para 15% ao ano, surpreendendo parte dos agentes e sinalizando manutenção prolongada do juro elevado para conter a inflação e incertezas fiscais e externas. A decisão pode favorecer o real via carry trade, mas o avanço dos yields americanos pressiona a ponta longa da curva de juros.
Pré-Sal Atrai Interesse; Empresas Ajustam Preços e Captações
A Pré-Sal Petróleo habilitou 10 empresas, incluindo Petrobras, PRIO, Shell, ExxonMobil e Acelen, para o 5º leilão de petróleo da União. A Acelen elevou os preços do diesel (4,5%) e da gasolina (4,2%). A Cemig investiu R$ 200 milhões na expansão da rede elétrica em Minas Gerais. O Citi reafirmou compra para a Cosan, mas reduziu o preço-alvo de R$ 14 para R$ 12 devido à revisão de Raízen, que aprovou captação de até R$ 2,5 bilhões. A Direcional Engenharia aprovou emissão de debêntures de até R$ 750 milhões. No cenário externo, o Irã ameaça fechar o Estreito de Ormuz em caso de intervenção dos EUA, enquanto voos de cargueiros da China ao Irã alimentam preocupações sobre possível apoio militar chinês ao conflito.
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