Os mercados globais reagiram com alívio à retaliação do Irã aos ataques dos EUA. Apesar do lançamento de mísseis contra bases americanas no Catar e Iraque, os ataques foram previamente comunicados ao governo catariano e não causaram danos, sinalizando uma resposta simbólica e evitando escalada maior do conflito. O estreito de Ormuz, ponto estratégico para o escoamento de 20% do petróleo global, segue aberto, reduzindo os temores sobre interrupção na oferta da commodity. Com isso, o petróleo Brent despencou 6,67%, fechando a US$ 70,52 o barril, e o ouro avançou em movimento de proteção.
Nos Estados Unidos, dirigentes do Federal Reserve sinalizaram possibilidade de cortes de juros já na próxima reunião de julho, caso a inflação siga contida, o que contribuiu para a queda dos rendimentos dos Treasuries e para o enfraquecimento do dólar no exterior. No Brasil, o dólar comercial recuou 0,39%, a R$ 5,5032, acumulando baixa de 3,78% em junho. Os juros futuros de médio e longo prazo recuaram acompanhando o alívio externo, enquanto as taxas curtas ficaram estáveis diante do tom conservador do Copom, que elevou recentemente a Selic para 15% e sinalizou manutenção prolongada da taxa.
Na bolsa brasileira, o Ibovespa fechou em baixa de 0,41%, aos 136.550 pontos. As ações da Petrobras recuaram com a forte queda do petróleo (ON -2,81% e PN -2,50%), enquanto Vale avançou 1,26%. Entre os destaques positivos estiveram BRF (+4,67%) e Marfrig (+4,46%). No setor bancário, Santander e Banco do Brasil encerraram o dia em baixa superior a 1%.

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