Cessar-fogo entre Israel e Irã impulsiona mercados; foco em Powell
O anúncio de cessar-fogo entre Israel e Irã feito por Donald Trump trouxe alívio aos mercados globais. Bolsas asiáticas, europeias e os futuros em Nova York operam em alta, com destaque para Frankfurt (+1,91%) e Nasdaq (+1%). O petróleo recua, com o WTI a US$ 66,61 e o Brent a US$ 69,45, após quedas acentuadas recentes. No câmbio, o dólar se enfraquece frente a outras moedas, com queda do índice DXY (-0,36%). Nos EUA, o foco volta-se para o depoimento de Jerome Powell no Congresso e discursos de dirigentes do Fed, BCE e Banco da Inglaterra, enquanto Trump criticou publicamente Powell na rede Truth Social. Nos Treasuries, os juros de 2 anos recuam e os de longo prazo têm leve alta. Na Alemanha, o índice Ifo de sentimento empresarial subiu a 88,4 em junho.
Ata do Copom no radar e alívio esperado nos juros futuros
A ata do Copom publicada nesta manhã detalha a decisão de elevar a Selic para 15% e mantém a indicação de taxa elevada por período prolongado. O mercado busca pistas sobre o início dos cortes, com expectativa majoritária para janeiro de 2026. A queda do dólar pode favorecer o real e aliviar a curva de juros futuros. O novo embaixador do Brasil no Irã deve assumir o cargo até o fim da semana.
Empresas e Mercado: negócios e movimentações no dia
A C&A encerrou sua parceria com o Bradesco e o Banco Bradescard, quitando R$ 650 milhões em obrigações e vendendo por R$ 170 milhões os direitos sobre a carteira de cartões. Apesar do impacto de caixa imediato, o Citi projeta pequeno aumento no lucro para 2026 e mantém visão otimista sobre as ações. A JBS anunciou recompra de US$ 1 bilhão em títulos com vencimento em 2027 e planeja resgatar parte das dívidas de 2028, além de ter captado US$ 3,5 bilhões em nova emissão de bonds no exterior. A São Martinho divulgou resultados do quarto trimestre da safra 2024/25, com lucro líquido de R$ 105 milhões, queda de 83,3% na comparação anual, e Ebitda ajustado de R$ 771 milhões, recuo de 33,2%. A Oi conseguiu acordo com seus credores para capitalização de juros de dívidas, buscando preservar a liquidez da companhia. Por fim, o BNDESPar anunciou que voltará a investir em renda variável após 10 anos, com até R$ 10 bilhões voltados a projetos de transição energética e inovação, além de mais R$ 5 bilhões via fundos de investimento.
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