A trégua entre Israel e Irã reduziu as tensões geopolíticas e impulsionou o apetite por risco nos mercados globais. Com menor temor sobre o fornecimento de petróleo, a commodity caiu mais de 6%, com o Brent abaixo de US$ 70 o barril. Em Nova York, as bolsas subiram mais de 1%, sustentadas também pelas apostas de corte de juros nos EUA ainda este ano, apesar do discurso cauteloso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que reforçou não haver pressa para flexibilizar a política monetária. O dólar perdeu força no exterior, com o índice DXY recuando 0,57%.
No Brasil, o dólar à vista chegou a cair pela manhã, mas fechou em alta de 0,29%, a R$ 5,5189, em movimento atribuído a fatores técnicos, fluxo de saída de recursos e ajustes de posições defensivas por estrangeiros. O Banco Central anunciou intervenção no câmbio para amanhã, com venda de US$ 1 bilhão no mercado à vista e leilão de swaps reversos. Já o Ibovespa avançou 0,45%, aos 137.164 pontos, com destaque positivo para ações cíclicas e bancos, enquanto os papéis ligados ao petróleo recuaram acompanhando a forte correção da commodity.
Os juros futuros recuaram em toda a curva, com maior intensidade nos vencimentos pós-eleitorais, diante do alívio externo e das apostas em cortes de juros nos EUA. A ata do Copom, divulgada pela manhã, confirmou a sinalização de manutenção da Selic elevada por um período prolongado, mas sem novidades relevantes para o mercado. Internamente, o cenário eleitoral de 2026 começa a ganhar espaço nas precificações, com pesquisa mostrando Lula tecnicamente empatado com possíveis adversários.

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