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Morning Call B.Side: Acordos Comerciais Globais e Pressões Fiscais no Brasil Marcam o Radar dos Mercados

Mercados Globais Sobem com Acordo EUA-China e Olhos no PCE

Os mercados globais mantêm alta após Donald Trump anunciar a assinatura de um acordo comercial com a China e defender petrolíferas nas discussões com a União Europeia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou ter recebido a proposta final dos EUA, mas disse que pode haver novos impasses. Trump voltou a criticar o Fed e defendeu cortes de 2 pontos nos juros, afirmando que isso geraria economia de US$ 600 bilhões. Já dirigentes como Neel Kashkari preferem esperar sinais mais claros da inflação antes de reduzir a taxa. Os futuros de Nova York e as bolsas europeias avançam, e o petróleo sobe, mas ainda acumula queda de mais de 10% na semana. Investidores aguardam hoje a divulgação do PCE de maio, principal indicador de inflação americana, e o índice de confiança da Universidade de Michigan. Na Ásia, a bolsa do Japão subiu 1,43%, enquanto a da China caiu após o lucro industrial do país despencar 9,1% em maio.

Queda do IOF Aumenta Tensão Fiscal e Divide Governo

No Brasil, o Ibovespa pode ser beneficiado pelo otimismo externo e pela revisão do JPMorgan, que elevou a projeção do índice MSCI de Mercados Emergentes e manteve recomendação overweight para ações brasileiras, destacando o ciclo de cortes da Selic e o dólar fraco. Em Brasília, a derrubada do aumento do IOF no Congresso elevou incertezas fiscais e provocou divisão no governo. Lula avalia que foi uma reação da centro-direita para desgastar o Planalto antes das eleições de 2026. Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann querem acionar o STF, alegando inconstitucionalidade, mas Rui Costa é contra e teme piora na relação com o Congresso. Entre os dados do dia, saem o IGP-M, a PNAD Contínua com a taxa de desemprego, e o Relatório da Dívida Pública.

Empresas Anunciam Captações e Incentivos ao Gás Natural

A Raízen captou US$ 750 milhões no exterior com forte demanda, e a Cogna fechou empréstimo de US$ 100 milhões da IFC para acelerar a transformação digital. No Rio, novos decretos criaram incentivos ao uso de gás natural e biometano, beneficiando empresas como Gás Verde e Transpetro. A Engie promoveu mudanças na diretoria, e a BlackRock lançou dois ETFs na B3. O ONS prevê níveis confortáveis de reservatórios, mas maior uso de térmicas no pico de consumo.

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