Mercados Globais Operam com Cautela Antes de Powell e Tarifas Americanas
Os mercados globais operam com cautela nesta terça-feira, com os investidores atentos ao painel do Banco Central Europeu em Portugal, que reúne Jerome Powell (Fed) e outros presidentes de bancos centrais. Nos Estados Unidos, os índices futuros de Nova York recuam após recordes recentes, em meio à expectativa por dados do mercado de trabalho (relatório Jolts) e pelos PMIs industriais. As negociações comerciais seguem no foco, com prazo até 9 de julho para um possível anúncio de tarifas retaliatórias pelos EUA. Na Europa, a inflação anual da zona do euro subiu a 2% em junho, alinhada à meta do BCE. Já o PMI industrial chinês surpreendeu positivamente ao subir a 50,4, indicando expansão.
Cenário Político e Fiscal Aquece os Mercados Locais
No cenário local, o Ibovespa pode iniciar o segundo semestre pressionado pela queda das bolsas internacionais e das commodities, embora o dólar e os juros dos Treasuries em baixa possam aliviar parte do pessimismo. O governo deve decidir se recorrerá ao STF contra a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso, que retirou uma arrecadação extra de R$ 12 bilhões considerada essencial para a meta fiscal. O ministro Alexandre de Moraes atuará no recesso e poderá analisar o pedido de liminar. Além disso, o presidente Lula participa do lançamento do Plano Safra 2025/2026, que contará com um valor recorde de R$ 516,2 bilhões em financiamentos, 1,5% acima do ciclo anterior.
B3, Casas Bahia e Reestruturações Marcam o Radar Corporativo
No noticiário corporativo, o Citi revisou para baixo suas projeções de volume negociado na B3, mas ainda prevê crescimento no segundo semestre; manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 15. A Casas Bahia teve aprovada a reestruturação de dívidas, com conversão de R$ 1,6 bilhão em ações, tornando a Mapa Capital sua maior acionista. A Petrobras concluiu captação de R$ 3 bilhões em debêntures, enquanto a Neoenergia vendeu sua participação na Geração Céu Azul por mais de R$ 1 bilhão. A Klabin recebeu novo aporte de R$ 700 milhões, e a Nissan busca postergar pagamentos a fornecedores para reforçar liquidez. Além disso, a Raízen aprovou cisão parcial, que será submetida a assembleia.
Deixe um comentário