Diande uma ebulição do cenário político brasileiro, o Ibovespa registrou queda de 1,61% na sessão desta sexta-feira, aos 133.381,58 pontos. O dia foi marcado pela operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou medidas cautelares contra Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição de acesso a redes sociais. A notícia causa temores de que pode haver uma escalada ainda maior da guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos. Bolsa brasileira foi pressionada pela maioria de seus principais nomes, com baixas de Petrobras PN (-1,53%), Itaú PN (-1,82%), Bradesco PN (-2,25%) e Banco do Brasil ON (-2,31%). Pelo lado positivo, os papéis de Vale ON subiram 0,48%.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas encerraram o pregão próximos da estabilidade. O mercado adotou cautela em reação à notícia do Financial Times de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria exigindo uma tarifa entre 15% e 20% em qualquer acordo com a União Europeia. Vale lembrar que 1º de agosto é o prazo final para a implementação de uma taxa de 30% sobre o bloco. Entre os indicadores econômicos, as expectativas de inflação medidas pela Universidade de Michigan de um e de cinco anos atingiram os níveis mais baixos desde fevereiro.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,73%, cotado a R$ 5,5876, também refletindo os temores relacionados ao cenário político brasileiro e a possibilidade de uma escalada nas tensões entre Brasil e Estados Unidos. Esta é a maior cotação da moeda americana na comparação com o real desde 4 de junho.

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